Nos dias 1 e 2 de junho deste ano, a Universidade de Brasília recebeu alguns músicos indianos que estavam visitando brasília. Além de apresentações no CCBB, eles realizaram dois "workshops" memoráveis no auditório do departamento de música. Eram integrantes da chamada "mostra mudra", e foi uma grande oportunidade, honra e responsabilidade para a nossa instituição.
A primeira foto que pus aqui foi tirada por mim no "workshop" da tablista Anuradha Pal. Sentada em tapetes, com seus dedos ligeiros sobre seu par de exóticos tambores, diante de um auditório quase cheio, ela se mostrou veloz, interessante, virtuosística, orgulhosa, dedicada, exigente e espirituosa. A música toda foi inesquecível. Senti nela, em sua fala, gestos, e música um clamor pela nossa atenção. Anuradha é uma mulher que quer ser admirada. Para isso que ela toca tão bem. Ela quer realmente fazer por merecer nossos olhares, e urge em se provar e se fazer notar.
Essas duas últimas fotos foram tirada na apresentação de dança do grupo de Ananda Shankar Jayant, que ocorreu logo depois da apresentação de Abhay. Foi impressionante, sem ser circense, e muito bonito sem ser pretencioso. A presença da música ao vivo no palco por si só ja pagava a apresentação, a dança, então, pagava cem vezes.
O grupo mostrou um estilo do sul da índia. Para mim foi uma performane reveladora, direta, compreensível, simples, didática, bonita, instigante, bem organizada e bem dançada.
Minha reflexão final, inspirada no que vi e escutei, é sobre beleza.
Da beleza cultural se faz amor a um país, seja esse país o Brasil, a Índia ou qualquer outro (da apreciação vem o apreço). E do amor a todos os paises, pela contemplação de todas as suas belezas, se faz a paz.
Bendita paz.
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