quinta-feira, 24 de março de 2011

Tudo

Um delicioso pedaço de infinito
Foi engolido pelas bocas
Dos livros falantes
Neles repousam também
Minhas chances de sair vivo
Deste labirinto escorregadio
Guardo minhas galáxias no bolso
E perco a certeza de estar acordado
Pensando que estou pensando
Outra vez fluido como o tempo
Mastigando pedra em areia
Pisando pesado na linha paralela
Entre um lado e o outro
Desperto como quem tropeça
E caio no sono como quem se esquece

Em pé
Dentro de suas sandálias
O cientista juvenil
Está
Sempre
Prestes a começar tudo novamente

Alexei
2009

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